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- Alessandra Corra
- De Winston-Salem (EUA) para a BBC Brasil
No Paran e no modelo de 10 anos de Sade, o canadense é um modelo de passagem de 10 anos, o brasileiro Fabio Cury acumula experiência nos dois sistemas lógicos de Sade e acredita que o Brasil pode levar alguns aspectos do SUS.
Para Cury, que é especializado em rdio-oncologia – o tratamento do câncer com radiaes ionizantes (também conhecido como radioterapia) – uma das grandes diferenas entre os dois pases a preena, no Brasil, dois de sistemas de sade, um pblico e outro privado, diferentemente do que acontece no Canadá.
A vantagem de um sistema nico realmente nico (como acontece no Canad) e no ter um sistema paralelo, como o sistema privado ou o plano de sade, que todo o mundo tem que ser tratado, e bem tratado, sob aquele sistema (pblico) , disse Cury BBC Brasil.
(No Canadá) Toda a população tem acesso aos mesmos tratamentos, aos mesmos médicos, independentemente da sua classe social. diferente do Brasil, onde uma pessoa com mais recursos ser tratado em um hospital particular, e outra, com menos recursos, s vezes no ser sequer tratado, ou ser tratado em um hospital com menos tecnologia, diz.
Sistema público
Cury explica que todos os canadenses, independentemente da situação financeira, usam o sistema público para serviços médicos e atendimento hospitalar. O gasto com sade j est includo no Imposto de Renda, de acordo com os rendimentos de cada um. Na hora de receber o atendimento, geralmente não preciso desembolsar nada.
Mesmo no caso de uma clínica de propriedade privada, o pagamento pelo tratamento feito pelo governo, dentro do sistema público de saúde, e no paciente. O sistema privado pode ser usado apenas para alguns serviços, como testes e diagnósticos, algumas cirurgias estéticas ou tratamento odontológico.
Cury uma comparação com a situação no Brasil, onde, por recursos financeiros, os pacientes vão optar pelo SUS, por planos de saúde ou tratamento pelo tratamento.
No tratamento do câncer, por exemplo, h drogas que o SUS no cobre, e o convnio cobre. Ou tem acesso a pagar. Ento essa pessoa (com mais recursos financeiros) vai receber um tratamento diferenciado do que aquele est l pelo SUS (no Brasil), afirma.
Transição
Para Cury, uma qualidade possível do sistema público de saúde no Brasil seria melhorar os salrios e os equipamentos, ao mesmo tempo que viver uma transição natural dos pacientes do sistema privado para o público.
Quando (o tratamento pelo SUS) chega no mesmo nvel dos grandes hospitais, talvez o paciente particular olhasse com outros olhos, visse que pudesse fazer o tratamento de graa e com a qualidade e no mesmo tempo, destaca-se.
O brasileiro destaca que os hospitais do Canadá, ao controle do Brasil, não contam com tecnologia de ponta, acessível a todos os pacientes, ricos ou pobres.
O investimento em tecnologia pode fazer o sistema público do Brasil se tornar algo mais próximo do que o que existe aqui fora. Porque os profissionais do Brasil so bem treinados, de maneira geral, afirma o brasileiro, que integra a equipe do Montreal General Hospital, parte do McGill University Health Center (Centro Universitrio de Sade McGill) em Montreal, na Provncia do Qubec.
No sistema canadense, todos os mesmos benefícios e fornecidos.
Aqui toda a população tem acesso à tecnologia de ponta, tratamento de ponta, com as devidas restrições, currículo Cury.
Uma reclamação comum no Canadá em relação ao tempo de espera para determinados tratamentos, considerada longa mas, de acordo com Cury, ainda menor que a mídia no Brasil.
rgo do governo responsvel por vistoriar e ter certeza de que os prazos pas foram cumpridos, um tanto.
Aqui tem fila, mas ningum morre na fila, afirma Cury, ao observar que o tempo de espera costuma ser menor que o registrado no SUS, mas maior do que no sistema privado do Brasil ou de outros pases.
Ao contrrio do que ocorre no Brasil, no Canad o paciente no tem apo de pagar mais para ser atendido o mais rpido.
Cury observa que casos de pacientes com mais recursos que acabam, por exemplo, viajando aos Estados Unidos em busca de uma consulta de segunda opinião ou tratamento mais rápido.
Mas de modo geral, em caso de descontentamento com algum serviço, a área da população costuma ser reivindicada e seus direitos ao tratamento de saúde de ponta.
Ensino e pesquisa
Para o pedagogo-oncologista, maior estmulo-pesquisa e modelo do canadense que também pode ser adotado para adotar os aspectos no Brasil.
Outro fator que, na visão de Cury, poderia ser melhorado no Brasil seria uma criação de condições para que os profissionais de saúde se dediquem exclusivamente a um determinado local, sem exigir a dois ou mais empregos para pagar como.
levantamento, vejo colegas no Brasil trabalhando em dois ou trs lugares. Aqui, a maioria trabalha em um único hospital. onde você vai ver seus pacientes, vai fazer sua pesquisa e vai lidar com sua parte de ensino, afirma.
A ideia de se ter plano de carreira para um médico, dentro da universidade quanto coisa guiada pelo governo, com alguns salrios melhores, com plano de aposentadoria e tudo mais, seria um grande atrativo para o médico brasileiro.
Formado pela Federal do Paraná, Cury, Universidade de 40 anos, chegou ao Canadá em 2003, após residência no Brasil. Logo depois, surgiu o convite para permanecer no pas.
Assim como todos os médicos formadores do Canadá, ele teve de revalidar seu diploma e fazer diversas provas, inclusive de lngua francesa (falada no Qubec), para ganhar a permissão para atuar.
O fato de médicos atuará em muitos no Canad facilitou a adaptação, diz Cury. Nunca senti preconceito em relação a ser de fora ou em relação a ser brasileiro, afirma.
Acho que o aspecto humano do médico brasileiro uma coisa que chama a ateno de qualquer população. Quando o brasileiro vem para c, faz sucesso entre os pacientes. Essa forma carinhosa que o brasileiro tem um ponto positivo.
Recrutamento de estrangeiros
A demanda de médicos levou o estrio da Sade e Servios Sociais do Qubec a criar h mais dez anos um programa de recrutamento, o Recrute de Sant Qubec, para capacitar profissionais formados em outros pases de minis de formação.
Esses médicos devem ser aprovados pela ordem profissional de médicos, o Collge des Mdicins du Qubec, equivalente a um CRM (Conselho Regional de Medicina) no Brasil.
Como as regras de recrutamento do programa incluem ainda a aprovação em testes e cursos de treinamento, o recrutamento não vale para áreas universitárias, como Montreal, mas somente para áreas onde há muita demanda.
Segundo a assessoria de imprensa do projeto, desde seu início, em 2003, o programa j recebido 62 inscrições do Brasil. Desses candidatos, 12 obtiveram licença para atuar no Qubec, sendo trs recrutados como professores. Atualmente, nove deles devem no programa.
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