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‘Na faculdade, deixei minha profisso camuflada; somos discriminados’, diz PM

BBC

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BBC
Legenda da foto,

Embora se diga conteúdo por poder ajudar pessoas, policial relata insatisfação com estrutura da corporação.

Orgulho e decepo so dois sentimentos que se misturam quando o policial X fala sobre sua experincia na Polcia Militar do Estado de So Paulo. Em depoimento BBC Brasil, o (que no ser identificado para evitar represlias) fala sobre a satisfação em poder ajudar a população em seu trabalho e lamentar o preconceito que acionamos os agentes da lei em algumas situações. Crtico ao carter militar da polcia, ele relata situaes de perseguio dentro da corporao, fala sobre a necessidade de reformas e confessa ter ancorado a PM.

Leia o relator concedido ao reprter Luis Kawaguti, da BBC Brasil.

“Eu entrei na PM mais por vocao, por gostar da profisso. Eu admirava o trabalho dos militares, a maneira como eles se comportavam com o cidado, pelo menos isso foi na época em que eu entrei, h mais de dez anos.

Eu via o policial como autoridade, um funcionrio da lei que poderia mudar um pouco a situao do Estado de So Paulo.

Mas na escola de soldados eu jtive aquela decepo com a profisso.

Você entra e acredita que vai aprender todas as atividades de policial. Claro, a gente tm aulas de Direito, de procedimentos, mas eles te mandam fazer coisas diversas da profisso como carpir mato, ser pedreiro, lixar, pintar parede, coisa que no faz parte da segurana publica.

Fora a pressão interna. Se você chega um dia com a final da semana os comandantes mal chegarem a gente preso no final da semana.

Elesvam a gente limpar um alojamento enorme em vez de contratar uma empresa especializada. Uma vez eu entrei para pegar algo no meu armrio e um tenente me viu com botas. Falou que o cho estava limpo e eu estava sujo, por isso me deixou preso no final de semana.

Na minha primeira ocorrência, em considero que agi errado. Guardas foram apreender a frente a civis que tinham um vendedor de gua e lanches em faculdade porque ele não tinha nenhum.

Estava ele e a filha dele. Ela tinha uma idade e um ciclo de vida: 10 anos de idade, a vida apreender e 10 anos a minha vida, o meu pai, a família, eles amam a nica coisa que a gente tem para trabalhar. A eu conversei com os guardas e eles não apreenderam a entrega. Isso me marcou.

Eu gostei de atender casos de roubo a banco. s vezes não conseguimos prender os bandidos, mas podamos conversar com as vítimas, tranquiliz-las, depois levar para a autoridade policial.

Eu me sentia bem, gostava de ajudar como pessoas. A funo da polcia militar no ruim no.

Orgulho

Em festa de amigos ou de parentes, quando o policial militar chega e algum fica sabendo logo comea aquela conversa numa roda. Voc vai bater um papo para descontrair e eles vêm contar casos policiais, como: ‘O policial militar me parou semana e o veculo dinheiro estava com o vencido e o policial solícito para mim. Nossa, o policial corrupto’.

A eu falo: ‘Espere a! Nem todos os militares so militares corruptos. Eu no sou, trabalho com vrios policiais que no so, esse foi um caso isolado que o policial pediu para voc, mas nem toda a polcia corrupta’.

Eu defendo o militar porque eu convivo com ele e eu acredito que a maioria honesta, a maioria quer trabalhar, cumprir com seu dever e voltar no outro dia para casa.

Eu fiquei chateado porque era umafronta ao fato de eu ser policial e por saber que sou honesto e os meus amigos tambm. Não ficou chateado por falar em mal da instituição, mas por generalizarem o policial militar como desonesto. Ele no desonesto nem violento, salvo excees.

Na faculdade de Direito, eu procurei deixar camuflada a minha profisso. O policial recebimento tem, ns somos discriminados. Se eu chegasse na faculdade e me apresentasse como policial militar o tratamento seria outro.

Legenda da foto,

Policial escondeu seu profisso de colegas da faculdade de Direito; ele lamenta preconceito e generaliza contra PMs.

Seria entrar naquele debate sobre o honesto, todo mundo ia contar aquela histria sobre o que o policial fez. Eu me preservei por causa disso, quis ser normal na faculdade.

No final do curso eu fui falar que era policial e o pessoal falou: ‘Nossa, no acredito! No tem nada a ver voc de policial militar’.

Eu no sei qual era a analogia. Não sei se pelo fato de eu estar em uma faculdade estudando, almejando crescer. (Me disse que) ‘o policial militar no tem essa vontade de crescer, ele no tem cultura, no tem estudo’. Mas eu no questionei porque j era o final do curso.

Afastamento

J no curso da ps-graduao em Direito Penal e Processo Penal tinha quatro delegados na minha sala, o resto eram advogados. Quando me apresentei como PM senti um certo. Eu sentava no fundo da sala e quando me apresentei todo um policial olhou para trs e disse: “Nossa, aqui na sala!”

Hoje a população pensa de maneira errada que o policial militar no tem cultura, no tem estudo, no tem nem o segundo grau, no sabe ler ou escrever. Simplesmente a população acha que ele passou em frente ao setor de seleção da PM e foi arrastado para dentro. Mas no, um concurso muito difcil de entrar e o PM tem que ter muito conhecimento.

Antigamente tinha aquela música: ‘, , no estudou virou gamb (gria para policial em algumas regies do Brasil)’. Hoje não, para ser ‘gamb’ tem que estudar, para ser policial tem que estudar muito.

O homem com conhecimento pode exercitar o exercício melhor, o policial com conhecimento de Direito vai exercitar seu exercício muito melhor.

Eu sou uma maneira legal de trabalhar e agir sempre, mas fui desanimando a causa da perseguição interna. Exemplo clssico: o policial est dirigindo a viatura e se vier a bater, pronto! De duas uma: vai ficar preso ou vai pagar a viatura e ser perseguido.

Como fiz Direito, j defendi muito policial militar em processo administrativo. Mas eu ia vendo que as decises do comandante eram tendenciosas e isso ia me desanimando.

Hierarquia h em todos os rgos públicos, mas a hierarquia militar, por ter regulamento pr o, pior. Se voc chegar atrasado o trem atrasar, o nibus pode concluir – voc j responde processo.

Legenda da foto,

Criticando a militarização da polcia, PM se diz para ativar a necessidade de reformas.

Eu tomei providências em relação ao meu oficial, que era um tenente. Ele não aceita abrir um processo contra ele. Ele quis usar um armamento que não poderia ser usado por norma do comandante. Eu fiz um documento comunicando a um superior dele e levado isso de companhia.

Esse é um tipo de punição na Polcia Militar que não tem nenhum regulamento, que a transferência, mudança de escala, uma punição velada. O PM obrigado a melhorar o salrio fazendo o famoso bico. Um comandante que quer perseguir vai botar o policial para trabalhar no dia do bico, puxando escala extra e ele perde o dinheirinho extra do bico.

Eu respondi a dois processos administrativos.

Hoje quero sair da PM. No tenho mais aquele brilho no olhar para a polcia, no gosto mais da profisso.

Não quero mais fazer um servo desses para sofrer perseguições, o militarismo desanima a gente. A PM a nica instituição em que você vai trabalhar e pode ser preso, ser morto ou responder a um processo.

A Polícia Militar hoje uma instituição secular. Felizmente, bem ou mal, a nica polcia que consegue segurar a criminalidade no pas, mas tem que passar por muitas reformas. Mas eu no vou ficar para ver, se Deus quiser, vou sair em breve.”

(Procurada pela reportagem da BBC Brasil, a Secretaria de Segurana Publica do Estado de So Paulo afirmou que no se pronunciaria sobre relato do policial. J a Polcia Militar do Estado de So Paulo no havia enviado seu posicionamento at a publicao desta reportagem)

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